Reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas. A evolução do estresse se dá em três fases: alerta, resistência e exaustão.
FASES DO ESTRESSE
ESTRESSE
-
Fase de Alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor.
Sintomas da fase de alerta:
Mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarréia passageira; insônia; batimentos cardíacos acelerados; respiração ofegante; aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; agitação
-
Fase de Resistência: o corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo.
Sintomas da fase de resistência:
Problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés); sensação de desgaste físico constante; mudança no apetite; aparecimento de problemas de pele; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído
-
Fase de Exaustão: nessa fase podem surgem diversos comprometimentos físicos em forma de doença.
Sintomas da fase de exaustão:
Diarréias freqüentes; dificuldades sexuais; formigamento nas extremidades; insônia; tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de pele prolongados; mudança extrema de apetite; batimentos cardíacos acelerados; tontura freqüente; úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.

TIPOS DE ESTRESSE
Agudo
É a forma mais comum de estresse. É a reação do organismo frente a um novo desafio. Pode ocorrer diante de notícias inesperadas como a chegada de um novo filho, o recebimento de uma notícia ruim, uma briga ou erro no trabalho ou um acidente. Geralmente são episódios isolados que não tem efeito persistente no organismo.
No caso de eventos muito traumáticos, como o estresse sofrido por uma vítima de um crime, acidente grave ou situação potencialmente fatal, há um risco do desenvolvimento de um quadro psiquiátrico chamado de transtorno de estresse
pós-traumático. No mais o estresse agudo pode ser considerado saudável, pois ensina nosso corpo a reagir em situações estressantes futuras.
Agudo episódico
Se dá quando o estresse agudo ocorre com frequência. Pessoas com ar mais pessimista, que estão sempre vendo o lado negativo das coisas, meio persecutórias, que estão sempre achando que serão as próximas a serem demitidas.
Algumas pessoas podem sentir os sintomas do estresse agudo com mais frequência do que outras, essas geralmente focam demais na organização e falham sempre quando se trata de desempenho. Costumam ficar muito irritadas com elas mesmas ou com o ambiente ao seu redor.
A preocupação excessiva é uma grande vilã. A pessoa passa a ser mais pessimista sobre situações cotidianas, sempre projetando o que poderia dar errado. Acabam ficando tensas e ansiosas sem nenhuma razão aparente. O efeito para saúde é muito nocivo, pois em geral essas pessoas aceitam o estresse como parte da vida e acabam “somatizando”, desenvolvendo quadros de gastrite, úlcera e outras doenças.
Crônico
É o estresse que se torna persistente e se prolonga por grandes períodos de tempo.
É o estresse constante, que nunca desaparece.
Em geral decorrem de experiências traumáticas na primeira infância, que são internalizadas e permanecem dolorosas e presentes.
Essas experiências podem afetar a personalidade, a visão de mundo, a crença, causando estresse sem fim para o indivíduo. Assim como no segundo tipo, no estresse crônico as pessoas se acostumam com ele, como se fizesse parte de quem elas são.
PROCURE AJUDA MÉDICA
Na consulta médica:
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
-
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
-
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de
perguntas, tais como:
-
Quando os sintomas surgiram?
-
Se você pudesse descrever seus sintomas, como o faria?
-
Como é sua rotina no dia a dia?
-
Você se considera uma pessoa com altos índices de estresse?
-
Você tem enfrentado dificuldades em sua vida pessoal, no trabalho ou nos estudos?
-
O estresse tem prejudicado sua vida de qualquer forma?.
REDUZA O ESTRESSE
Identifique a causa
Monitore o estado de espírito ao longo do dia. Se você se sentir cansado ou estressado, tome nota das causas, dos seus pensamentos e humor. Uma vez que você sabe o que te incomoda, você pode elaborar um plano de ação para tratar. Isso pode significar estabelecer expectativas mais razoáveis para você e
para os outros.
Construa relacionamentos fortes
Alguns relacionamentos podem ser fonte de estresse. Pesquisas indicam que brigas e reações hostis com seu cônjuge causam mudanças imediatas nos hormônios sensíveis ao estresse. Mas, os relacionamentos também podem ajudá-lo. Familiares e amigos próximos podem proporcionar momentos agradáveis de descontração e diversão. Eles serão capazes de oferecer o apoio emocional e o suporte necessários para que você possa enfrentar as causas do estresse.
Afaste-se quando estiver com raiva
Antes de reagir, respire e conte até 10.
Reconsidere suas ações. Caminhar ou praticar uma outra atividade física pode ajudá-lo a liberar a tensão e aliviar os sintomas de raiva. Atividade física aumenta a produção de endorfina. Gera sensação de bem-estar. Pode ser uma grande aliada na redução dos níveis de estresse.


REFERÊNCIAS
BVSMS. Estresse. Ministério da Saúde, NOVEMBRO DE 2019.
Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/253_estresse.html> Acesso em: 09/08/2020
PIMENTA, TATIANA. Estresse: saiba como ele afeta sua saúde física e emocional. VITTUDE, 22 DE JANEIRO DE 2019.
Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/253_estresse.html> Acesso em: 09/08/2020